SEO morreu, mais uma vez... Culpa da IA!
Mais uma vez os especialistas de LinkedIn mataram o SEO, assim com o acontece há cada novidade que surge na internet. Mas será que é isso mesmo? o SEO morreu?
Felipe Pener
7/12/20253 min read


Se depender dos especialistas do LinkedIn, o SEO já morreu umas 37 vezes.
Morreu com o algoritmo do Panda. Morreu com o snippet. Morreu com o zero clique.
Agora, com a IA, decretaram mais uma vez: acabou.
Mas quem vive SEO no dia a dia sabe que não é assim que funciona.
A forma como as pessoas buscam e consomem conteúdo já mudou. E não é achismo — é dado.
Mesmo mantendo o mesmo posicionamento no Google, os sites estão recebendo menos tráfego. Não é bug. Não é castigo. É o efeito da IA, dos snippets, das respostas diretas… e de um comportamento que está migrando rápido.
Mas calma: o Google ainda é o nosso tudo.
São milhões de buscas todos os dias, em todos os formatos, em todos os dispositivos. A IA está consumindo uma fatia do tráfego, sim — mas ainda tem muito tráfego real e muita gente com o Google como primeira, segunda e terceira tela.
O que muda é o caminho. Não mais linear. Não mais previsível.
Menos tráfego. Mais funil.
O impacto da IA nas buscas não é só sobre cliques.
É sobre entender que muitos usuários não vão mais entrar no seu site só pra tirar uma dúvida genérica.
Conteúdos informativos, perguntas frequentes, guias longos — tudo isso tende a ser respondido pela IA.
E tudo bem.
O site continua sendo importante. Mas agora, ele aparece pra quem já passou por outros pontos de contato e chega mais fundo no funil.
A consequência? Menos visitas. Mas quem chega, converte mais.
SEO virou AEO. E faz todo sentido.
Eu acredito muito no AEO — Answer Engine Optimization.
Porque no fim, ele resume tudo que a gente já fazia com SEO, mas tira o foco exclusivo do search.
A lógica agora é: responder, não apenas ranquear.
E isso exige um conteúdo conversacional, estruturado, com intenção clara.
É a evolução natural do nosso trabalho.
O que muda pra quem trabalha com SEO?
Não é o fim do SEO. É o fim de fazer SEO com mentalidade de 2015.
Aqui vai o que muda — de verdade:
1. Foco em conteúdo realmente útil
Chega de texto só pra ranquear.
Produza conteúdo que ajude a IA a te usar como fonte.
Linguagem clara, estrutura lógica, intenção definida.
2. Mais atenção à conversão
Se o tráfego vai diminuir, a conversão precisa compensar.
Pense em layout, UX, CTA e jornada de verdade.
3. Menos “visitas de vaidade”
Não dá mais pra se contentar com visita de 8 segundos.
O visitante de hoje já vem mais quente. Aproveite.
4. Alinhamento com time e clientes
Alinhe expectativas: o tráfego tende a cair, e isso não significa que o SEO piorou.
Mostre a evolução de taxa de conversão, cliques qualificados, share de marca.
5. Amplie a visão: IA é mais um canal
Otimizar pra IA é otimizar pra pessoas.
Pense em perguntas, contexto, micro-intenções. O que a IA precisa saber sobre você pra te indicar?
Snippets, IA e a vitrine invisível
Quando os snippets apareceram lá atrás, muita gente torceu o nariz:
“Não gera clique, não vale a pena.”
Mas a real é que o snippet é uma vitrine. Uma que aparece antes de todo mundo.
Se alguém vai estar ali, que seja eu ou meu cliente.
Com a IA, o raciocínio é o mesmo.
Talvez não gere o clique direto. Mas estar presente na resposta constrói autoridade, reconhecimento e marca.
Isso também converte — mesmo que indiretamente.
No fim das contas...
Não é risco. Não é oportunidade.
É uma mudança de paradigma.
Quem trabalha com SEO precisa continuar fazendo o básico bem feito, mas agora olhando também pra conversão — não só tráfego.
E sempre, sempre se orientar por dados. Porque opinião é bom, mas o que manda mesmo é o gráfico.
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